“Cecília Moncorvo Bandeira de Melo Rebelo de Vasconcelos, autocognominada Chrysanthème nasceu no Rio de Janeiro em 1870 e faleceu nesta mesma cidade em 1948. Cronista de prestígio no período da Belle Époquee esquecida, como inúmeras, pelos registros canônicos, a autora buscou esconder-se atrás de pseudônimos, sendo Mme Chrysanthème ou simplesmente Chrysanthème, o mais usado. Tal escolha advém do título do romance Mme Chrysanthème, do francês Pierre Loti, publicado em 1887.Ao longo de uma vasta carreira lítero-jornalística, Chrysanthème escreveupara inúmeros periódicos, tais como O Paiz, Diário de Notícias, Correio Paulistano, Gazeta de Notícias, Mundo Literário, O Cruzeiro,além de A Imprensa. Há ainda o registro de dezesseis títulos; dentre os quais contos infantis, romances biográficos, históricos e bufos, peças de teatro e crítica literária. Além desta vasta produção era constante, segundo levantamentos da crítica, a constante presença da autora como conferencista nos salões da época.
Seus escritos mantêm a força e a atualidade dos primeiros tempos, no sentido de rastrear a má distribuição per capita, a miséria, a seca, as guerras, o desemprego, a transformação do espaço urbano e principalmente a condição feminina, temas de alguns dos textos escritos por esta intrigante autora no início do século XX.”
Fonte: http://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/revistaepeqfafibe/sumario/3/14042010142607.pdf